Sobre fé

Ano 2000 em Jerusalém

Quando tinha meus 9, 10 anos, costumava perguntar: "onde vou estar no ano 2000, comemorando meu aniversário de 34 anos?
Que preocupação antecipada, hein? Nem adolescente eu era.


O ano 2000 chegou. Em janeiro li um livro de mensagens bíblicas e, no final, havia um mapa de Jerusalém.
Uma noite, uma foto de um caminho estreito no Monte das Oliveiras com a cidade ao fundo me chamou a atenção. Parecia muito familiar. Vi o mapa e comecei dizer: "é, esse caminho vai dar aqui mesmo no Monte das Oliveiras. Se eu for por aqui vou chegar a tal lugar. Esse local fica aqui mesmo", etc.

Era como se eu já conhecesse o lugar. Eu não estava vendo um mapa e imaginando. Eu estava lembrando do lugar. E eu nunca havia estado lá. Nem em outra vida, porque eu tenho certeza que só tive e só vou ter essa aqui, e depois, espero ser arrebatado (ir para o céu sem morrer, depois eu explico).

Agora entendo que o Senhor estava me preparando naquele ano para ir ate a Terra Santa.

E foi o que aconteceu. Em outubro de 2000 a semana da Festa dos tabernáculos em Israel aconteceu em outubro, mês do meu aniversário.

Na véspera do meu aniversário, almoçamos pizza, coisa à qual não sou muito chegado. Comi um pedaço caro, duro, frio e sem gosto.

No dia seguinte eu completei 34 anos. Quando soube que iríamos almoçar na mesma pizzaria, me indignei:

- Senhor, no meu aniversário, o mais esperado por mim, logo aqui em Jerusalém, eu vou almoçar aquela pizza? Por favor, isso não se faz.

A programação do dia incluía o Instituto Bíblico.

Feliz "Jesuscidência": lá eram feitas várias reconstituições de objetos e cenas da época de Jesus, entre elas uma réplica do poço de Jacó e uma simulação da última ceia, com comidas, bebidas e futas da época de Jesus. E quem participava da ceia éramos nós, os visitantes, dispostos ao redor da mesa como naquela época. Uma mesa bem baixinha, nada igual ao quadro de Da Vinci.

Aleluia! Foi o melhor almoço de aniversário que eu já tive. Pela primeira vez tomei sopa de lentilhas, uma delícia.

Mas, Jesus ainda guardava uma surpresa maior pra mim. O guia turístico do instituto explicava cada momento, cada representação de alimento e cada posição e local em que Jesus e os discípulos ficavam.

Quando ele falou o local, à mesa, onde Jesus provavelemente havia sentado, ele apontou com a mão e disse:

- O local mais provável onde Ele ficou foi aquele alí, onde está o rapaz de óculos.

O rapaz era eu.

Que presente!

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Jesus, o passaporte para o céu. Será?

Pessoal, isso aconteceu de verdade, comigo. Desculpem-me os que não acreditam ou não concordam.
Um dia eu estava indo para casa almoçar, andando debaixo de um sol manauara, lá pelas onze e meia.
De repente, vi um carro parado no qual havia um adesivo:

"Jesus, o passaporte para a vida eterna".

Parei e fiquei olhando aquilo de uma forma que eu nunca havia feito com uma frase de carro.
Esqueci o sol, o calor, e comecei a me incomodar com a frase.
- Isso está errado. Tem alguma coisa errada nessa frase. Jesus não é o passaporte para a vida eterna - pensei. Ou, pelo menos, pensei que era eu pensando.
- Hum, e agora? Que negócio é esse.
- ESTA FRASE ESTÁ ERRADA! - Agora não tinha dúvida. Era o Espírito Santo me incomodando. No meu espírito e na minha mente.
- Sim, Senhor, mas por que tá errada? Jesus não é o passaporte para a vida eterna? A gente aprende isso na igreja, o que é que eu vou dizer? Se  tá errada, então me explique, porque eu não vou ser doido de dizer isso por aí, sem ter um bom fundamento.
- Você lembra da viagem que queria fazer para os Estados Unidos?
- Sim.
Lembrei que uns quinze anos antes eu havia planejado uma super-viagem aos Estados Unidos, mas acabei não indo.
- Você tinha a passagem?
- Sim (eu havia pago à vista).
- Hospedagem?
- Sim (ia me hospedar na casa de um casal sem me preocupar com dinheiro de hotel).
- Tinha o passaporte?
- Sim.
- Você foi?
- Não.
- Por quê?

Tudo se esclareceu:

- O embaixador não deu o visto.
- Adiantava ter o passaporte?
- Não.
Eu havia mandado o passaporte para Brasília por três vezes, e a embaixada não deu o visto. Acabei não indo.
- Vocês estão reduzindo Jesus a um caderninho verde - Ele me disse, profundamente indignado.
Eu podia sentir a indignação do Espírito Santo com aquela situação. Literalmente. Eu sentia a indignação dEle, mesmo! Não era como se eu soubesse que ele estava indignado. Era a própria indignação dentro de mim, entendeu?
Desde aquele dia, eu comecei a ser um crítico de muitas coisas que vejo nas pregações, nas músicas, nos louvores... e até mesmo se o que penso que tenho como experiência com Deus é com Deus mesmo ou se é da minha cabeça.
De fato, a Bíblia fala que nós somos embaixadores da parte de Cristo. Ele não é o passaporte, não é o objeto para ser carimbado. Ele é o Senhor dos embaixadores, que assina o visto. É Ele quem carimba.
Por fim, senti o Espírito me dizer:
- Aprenda a ler a Minha Palavra.

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Deus só é Deus quando está perto?

Um dia cheguei em casa, depois do culto, muito cansado e sentindo que o Senhor estava muito longe.

Não estava muito a fim de orar, de tão cansado e de tanto sentir que Ele estava longe, então me sentei na cama, com a Bíblia do lado, e disse:

- Senhor, hoje eu estou lhe sentindo tão longe. Se quando eu lhe sinto perto, eu já lhe sinto longe, imagine agora.

Disse isso e peguei a Bíblia para guardá-la (geralmente eu a lia antes de dormir). Mas a Bíblia caiu da minha mão e bateu na minha coxa, abrindo no livro do profeta Jeremias. Meus olhos foram direto no capítulo 23, versículo 23:

"Porventura sou eu Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe?".

Depois desse dia eu nunca mais pude dizer que Deus não estava me olhando, entendi que Ele me disse: longe ou perto, meu poder não muda.

Graças a Deus.

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Pensa que Deus não vê?

Eu estava no trabalho e senti uma vontade de orar. Fui ao banheiro. Eu disse “ORAR”.

Pois é.

Como não dava para me ajoelhar, caí na besteira de dizer: “Senhor, não dá para eu ajoelhar fisicamente, mas estou ajoelhado com meus JOELHOS ESPIRITUAIS...” etc., etc.

No fim daquela semana, fui ao culto de manhã.

No meio da pregação, o pastor diz:

- Ei você que vai orar, que negócio de “joelhos espirituais”? Quem lhe disse que joelho tem espírito? Vá orar direito!

Tóin! Foi no olho, ou melhor, no joelho.

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De joelhos a oração é mais sentida

Um dia eu estava na igreja e na oração senti um profundo desejo de ajoelhar.

Joguei-me aos pés do Senhor com toda sinceridade.

De repente, senti uma profunda dor...

Uma dor sem igual, jamais sentida por mim...

Foi porque eu havia caído com "borra e tudo" com o joelho bem em cima de uma pedrinha pontiaguda.

Quis amaldiçoar aquela pedra até mil gerações:

“UGH! Ah, pedrinha miserável. Um dia eu ainda me vingo!”.

Não lembro bem, mas acho que aquela foi minha oração da noite.

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Deixe Deus agir na sua vida

Esta mensagem eu vi em uma publicação no Facebook. Não posso deixar de espalhar.

Um Jovem de apenas 15 anos estava no ônibus, quando Deus tocou no coração dele e pediu: Levante do banco e diga aos passageiros sobre a volta de Cristo! 

Um homem sentado lá atrás gritou ao garoto: Cale a boca e senta!

O garoto envergonhado sentou, mas novamente foi tocado e levantou dizendo as mesmas palavras. O homem o ameaçou dar alguns tapas, e o menino se calou. Mas Deus continuava tocando seu coração. Ele se levantou e gritou que Jesus estava voltando! 

O homem com o filho no colo, foi em direção ao garoto para o agredir quando a criança disse:

- Papai não bate nele não, ele é enviado de Deus!!

O homem se colocou em lágrimas... o jovem perguntou: 

- E agora porque está chorando? 

Ele respondeu: 

- Aconteceu um milagre! Meu filho era mudo e agora está falando!

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O fim do mundo e coisas científicas na Bíblia

Sem querer fazer proselitismo, vamos direto ao que quero falar:

1) A Bíblia não marca dia nem hora para o apocalipse.

2) Jesus disse aos discípulos: só cabe ao Pai saber o dia e a hora de quando acontecerá.

3) Ele deixou pistas:

Uma das primeiras seria Israel voltar a ser nação (aconteceu em 1948);

Ocorreriam terremotos e maremotos inimagináveis;

Os filhos matariam os pais e vice-versa, como nunca se ouvira falar;

A natureza iria clamar por socorro.

E outras coisas mais.

Será que isso tudo já está acontecendo?.

"Peraí", não estou dizendo que o mundo já vai acabar. Aliás, biblicamente, entre os sinais que Jesus falou e o fim haverá ainda, pelo menos, uns mil anos e um pouco.

Várias coisas que a ciência já comprovou também estão na Bíblia, mas os anos de trevas da Idade Média esconderam e, como consequência, hoje as pessoas acham que Bíblia é só um livro religioso para "carolas burros" que dão dinheiro para pastor.

Pois bem, encontramos, pelo menos, na Bíblia:

1) A forma de globo da Terra, em Isaías40:22. Os medievais diziam que era chata. Chatos eram eles.

2) A gravidade da Terra (Jó26:7). A gravidade da situação dos medievais era incomparável.

3) As estrelas existem aos trilhões. Vá ler em Jeremias 33:22.

4) Conforme a Física Quântica de Hebreus 22:3, o Universo foi feito de elementos invisíveis.

5) A temperatura elevada no núcleu terrestre (Jó28.5)

E muitas outras coisas.

Mas, o mais espetacular e o principal, antes do mundo acabar, vai ser o arrebatamento. Esse, sim, quando acontecer, o povo que ficar por aqui pode começar a "rezar", que não vai ter jeito. Se estão achando que o inferno é aqui, com todas essas catástrofes, corrupção, fome e o escambau, não queiram estar aqui depois do arrebatamento. Aí é que o negócio vai pegar. Depois não diz que eu não avisei. Abraços.

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Inspiração voltando na loucura e fraqueza de Deus

Deus, o Senhor, o Criador Onipotene... louco e fraco?

A recantista Cidabarcelar escreveu que a oração é a fraqueza de Deus. E acho que foi uma associação bem figurada. 

Faz sentido em se falar sobre isso, e digo até um "ainda bem", porque a Bíblia menciona que a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens (I Cor 1:24-25). 

Posso estar fraco e pronto, estou fraco. 

Mas, se Deus está fraco (?), essa fraqueza é mais forte que 7 bilhões de pessoas juntas.

Conclusão: uma oração sincera é mais poderosa que toda a humanidade reunida. Ou seja, se a oração é a fraqueza de Deus, que fraqueza PODEROSA! 

Que ajuda mais boa essa, né? Eita, poder!

(Inspirado no texto "Oração" da recantista Cidabarcelar).

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Tudo posso naquele que me fortalece

Filipenses 4:13 é talvez a passagem que os evangélicos mais usam para dizer que são vitoriosos, conseguirão tudo o que querem e que nunca padecerão adversidades:

Posso ter meu emprego,

Posso passar no vestibular,

Posso ter minha mansão,

Posso ganhar uma fortuna,

Posso viver nababescamente (nem sei se essa palavra existe),

Posso viver sempre com saúde,

Posso fazer aquela viagem cara...

E por aí vai, porque Cristo me fortalece.

Este "posso", para alguns, então, parece ter virado sinônimo de "ninguém me impedirá de conseguir o que quero".

Parabéns.

Tomara, mesmo.

E que seja do bem.

E faça bom proveito.

Mas, o que muita gente não sabe, ou não quer ver por esse lado totalmente desconfortável de "balde de água fria", é que Paulo, quando escreveu isso, estava dando ênfase exatamente ao contrário das situações do "só estarás por cima e não por baixo" de Deuteronômio 28:13.

Ele disse: "já aprendi a contentar-me com o que tenho". E continuando, junto às coisas boas, ele disse que:

Posso estar abatido, 

Ter fome,

Padecer necessidade".

"tá amarrado" alguns diriam, mas só depois disso é que ele  disse:

Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.

Ou seja: Cristo dá condições para a pessoa enfrentar quaisquer (gosto desta palavra) situações. Se eu não fiz aquela superviagem, posso muito bem não me aborrecer por isso.

Se não passei no vestibular, ou não abri aquele negócio mega-promissor, se não fui admitido como presidente da empresa, não posso pagar uma cozinheira francesa para trabalhar para mim, posso muito bem ficar satisfeito, igualzinho a Paulo, com o que tenho, afinal, a graça de Deus me basta. E é dela que, graças a Deus, vivo. 

A graça de Deus é melhor que a vida. Posso falar por experiência própria.

Para finalizar, afirma Dennis Downing:

"Embora muitas traduções modernas como a NVI, ARA e BJ traduzam o verso praticamente igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, aqui a NTLH traz uma tradução bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”. Esta tradução é salutar, pois coloca a ênfase em Cristo e demonstra que o objetivo não é as conquistas do homem e sim sua capacitação para, com Cristo, enfrentar as situações, tão adversas quanto forem, que a vida traz (http://www.hermeneutica.com/estudos/filipenses4_13.html). "

E agora, podemos todas as coisas?

Com Cristo, sim. Mesmo que pareça que não. Ainda estamos vivos.

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O rapaz acidentado

Esta é uma história verdadeira. Faz mais de dez anos que aconteceu mas ainda está viva na minha mente. 

Naquele dia eu acordei cedo com o toque do telefone. Era meu amigo Henrique pedindo que eu fosse urgentemente a um hospital ver um rapaz, filho de uma senhora do Grupo Familiar que eu liderava. Pelo telefone eu podia ouvir os gritos e o choro dela enquanto ele falava.

Na madrugada o carro que o rapaz estava dirigindo fora atingido violentamente por um ônibus e ele havia sofrido uma desaceleração cerebral (igual à que matou o Ayrton Senna), dentre outras coisas.

Cheguei ao hospital e pedi para me deixarem entrar onde ele estava. Nunca havia me deparado com uma cena daquelas. O corpo dele estava coberto de ferimentos e hematomas. A cabeça tinha uma rachadura de uns 15 cm na parte do crânio. Outra rachadura no canto da boca fez o queixo mudar de lugar. Havia sondas na boca e no nariz, por onde saiam secreções que não paravam de minar.

Mas o que mais me assustou foram as convulsões. O corpo não parava de dar saltos na maca, o peito parecia querer sair do corpo de tão alto que pulava, e fazia um barulho tão alto que parecia a respiração de um animal grande cansado. Os braços esticados e rígidos ao longo do corpo se movimentavam com violência, com as mãos tortas, como se estivessem enroscando alguma coisa velozmente e sem parar. Segundo o enfermeiro, esse movimento era o sinal de "descerebração", ou seja, o cérebro estava parando e ele morreria dentro de algumas horas.

- Mas como? Ele não está respirando? Esse movimento do peito não é respiração? Ele não está acordado nem sentindo nada? (pra mim aquele rapaz estava sofrendo um horror inimaginável!).

- Não, ele está em coma, isso é convulsão. O cérebro está com muitos coágulos.

Não sabia que uma pessoa em coma ficava daquele jeito. Os filmes sempre mostram as pessoas em coma completamente paralizadas, não é? Então o enfermeiro me mostrou um raio X da cabeça do rapaz, com uma porção de marcas escuras.

- Cada uma dessas marcas é uma lesão. O cérebro está solto dentro da caixa craniana. Não tem como ele viver.

Eu simplesmente não acreditei no enfermeiro. Acredito piamente que Deus estava me usando naquele momento, pois insisti comigo mesmo que um corpo que pulava daquele jeito não podia estar morrendo.

Então o enfermeiro me disse:

- Estou sem assistente, coloque aquelas luvas por favor, preciso que me ajude.

- A fazer o quê?

- A costurar a cabeça dele.

?  ?   ?   ?   ?   ?

O QUÊ? Eu ia ajudar a costurar uma cabeça? Eu ouvi isso?

- Depois o queixo.

?   ?   ?   ?   ?   "2"

Coloquei as luvas.

- Segure bem firme a cabeça. - Disse o enfermeiro.

Sem hesitar enfrentei uma cabeça rachada que não parava de se mexer, e aproveitei para fazer a única coisa que sabia, pois nunca tinha me visto numa situação dessas: ORAR. Segurei firme e comecei a pedir a Deus a vida do rapaz, só lembrando da mãe que havia ficado lá fora, desesperada, gritando pelo filho. Ela gritava e chorava tanto que literalmente espumava pela boca de tanta aflição.

A cada furada da agulha no couro cabeludo eu ouvia um "TUC", e o corpo dava um salto maior.

- Olha, ele está sentindo as agulhadas! - Eu disse.

- Não, é reflexo do corpo, ele está desacordado.

Então me recolhi à minha insignificância e continuei minha oração silenciosa de súplica, até que o enfermeiro terminou a parte da cabeça. 

Num desses momentos, uma das sondas errou o alvo e respingou secreção em mim, sujando um pouco minha roupa, mas aquela não era uma hora para se importar com manchas de camisa.

Depois foi a vez do queixo. Novamente, a cada "TUC" da agulhada, o corpo saltava de uma forma diferente, mas não perturbei mais o enfermeiro com o que eu achava sobre o rapaz estar acordado ou não.

Tudo costurado. O rapaz foi levado para uma ressonância magnética, mas teria que ser tudo naquela manhã, antes que ele morresse "de vez".

O fato é que, surpreendendo os médicos, mas não a mim, ele continuou vivo aquela manhã. 

E à tarde.

E à noite.

Um mês depois eu fui visitá-lo na UTI. Estavam fazendo hemodiálise nele, ainda em coma, e o médico naquele momento era um amigo meu que conheci nos tempos da faculdade, cristão, que me ensinou muita coisa sobre fé e sobre Jesus, quando eu ainda era "criancinha" nos meus primeiros momentos de vida no Evangelho. Ele orava muito por mim e participávamos todas as semanas das reuniões da Aliança Bíblica Universitária. Há anos não o via e fiquei feliz, mas logo percebi que ele estava estranho, de uma frieza cadavérica.

- Como ele está? - Perguntei. Ele fez uma cara infeliz.

- Mal, muito mal, não acredito que ele sobreviva.

Não sei o que os anos de estudo de medicina fizeram com meu amigo, mas aquele definitivamente NÃO era quem havia me dado estudos bíblicos sobre Jesus.

Fiquei decepcionado em silêncio, recordando toda aquela manhã das convulsões, e continuei crendo em silencio, talvez uma fé sobrenatural, não minha, que aquele rapaz não morreria. Durante todo aquele tempo eu sabia, não sei como, mas Jesus sabe, que ele não ia morrer.

Dias depois a mãe do rapaz me falou que havia saído do culto e na frente da igreja encontrara um homem que se apresentou como pastor de lá, mas ela não sabia dizer o nome. A filha dela insistia em dizer que nunca tinha visto aquele homem na igreja.

- Ele me parou na frente da igreja - disse a mãe - e me falou: "Jesus está lhe devolvendo seu filho".

Foi a única coisa que ele disse.

Cerca de dois meses o rapaz estava em casa, com bastantes sequelas. Não podia falar por causa da deformidade na boca, estava muito magro, e se comunicava por gestos. Mas a mãe percebia que às vezes ele parecia conversar com alguém que só ele via. Quando ela perguntou se era isso mesmo que acontecia, ele fez um gesto afirmativo. E quando ela perguntou quem era, ele apontou pra cima.

O rapaz está vivo até hoje.

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Só para quem acredita em milagres

Essa é uma história verdadeira. Acreditem se quiser, mas a própria Bíblia diz que não podemos deixar de falar aquilo que temos visto e ouvido. Então, fazendo a minha parte, lá vai.

Eu era do grupo de louvor. Fomos chamados para tocar em uma pequena congregação, uma espécie de "filial" da nossa, comemorando o aniversário dela. Era um prédio pequeno, com uma porta apenas, algumas janelas que, pelo lado de fora, ficavam a uns três metros do chão. Cabiam no máximo umas cem pessoas, mas não tinha 60, acho.

Eu, tocando guitarra, de onde estava, podia ver todos os que estavam ali. TODOS. E também podia ver o único acesso à saída.

Quando começamos a cantar uma música que terminava em repetidos "Aleluia!", a congregação começou a cantar bem alto.

Eram aleluias de todas as vozes. 

Eu comecei a olhar as pessoas cantando. Meus olhos deram uma panorâmica da esquerda para a direita, olhando cada rosto, até que...

Num micromilésimo de segundo, voltei os olhos para onde estava uma moça, a uns seis metros de mim, que simplesmente desaparecera no ar, ali, naquela hora, na minha frente. 

"O que aconteceu? Onde ela foi parar?" - pensei repetidas vezes, enquanto continuava a tocar.

Como eu não vi ninguém saindo, aquilo me intrigou. "Que rapidez! Por onde ela foi? Pelas janelas ela não pode ter pulado, são três metros de altura do lado de fora" - continuei pensando - "pela porta ela não foi, que eu vi bem que ninguém saiu". 

Estiquei o pescoço para ver se ela estava ajoelhada, ou prostrada em adoração, mas, NADA. Ela simplesmente havia sumido, deixou literalmente um vácuo no local onde estava. A irmã dela estava ao lado, mas parecia que não havia percebido nada.

O culto continuou com a pregação e não liguei mais para o acontecido, nem comentei com ninguém.

No dia seguinte, já na nossa igreja, a esposa do pastor pediu uma palavra e interrompeu o culto da manhã, dizendo:

- Há uma coisa muito importante para falar para vocês - ela disse, e chamou a moça sumida - Ela vai contar algo que aconteceu ontem com ela lá no culto da outra congregação.

Essas foram as palavras da moça:

"Vocês sabem que eu não costumo vir dar testemunho, nem falar aqui na frente, mas ontem aconteceu uma coisa que falei para a esposa do pastor, e ela achou que eu deveria contar pra vocês.

Ontem, na hora que a igreja estava cantando aquela música que diz muito Aleluia, aleluia, e todo mundo começou a cantar alto, eu fiquei muito incomodada e comecei a reclamar comigo mesma. Eu disse: 

Pra quê tanta gente cantando alto assim? Nessa bagunça Deus não vai entender nada, não vai saber de quem é a voz de ninguém!

Nesse momento, ouvi uma voz do meu lado me dizendo: Com licença, eu vou tomar o teu espírito um momento.

Eu me espantei e olhei para o lado e não vi ninguém, mas num segundo eu estava parada no ar, fui levada acima do telhado da igreja, com aquele homem ao meu lado. Olhei para baixo e vi, através do telhado, círculos coloridos no chão, no lugar onde estavam as pessoas, e as vozes delas vinham na minha direção. Apesar de todo mundo estar cantando ao mesmo tempo, eu podia distinguir muito bem cada voz, eu sabia de quem era cada Aleluia.

Depois aquele homem me levou a um campo onde estavam sentadas as minha alunas da terceira idade, porque eu sou professora de idosas, e ele me disse:

- Faça alguma coisa por elas que elas estão no fim da vida.

Depois eu voltei e estava dentro da igreja de novo".

O relato da moça termina aqui, mas na segunda-feira seguinte encontrei com ela no Campus, onde nós trabalhávamos, e perguntei se ela, naquela noite, havia saído da igreja em algum momento. 

- Eu não, só mesmo naquela hora que aconteceu aquilo - ela respondeu.

Então, realmente, percebi que havia sido testemunha de uma coisa espetacular que eu simplesmente não vi. E também ela descobriu uma coisa maravilhosa: Deus havia lhe mostrado como, apesar de muitas vozes, orações e cânticos ao mesmo tempo, Ele sabe perfeitamente o que cada um está fazendo, no meio da multidão. 

Que resposta excelente para uma murmuração, hein?

Não sei se ela percebeu, mas Deus a permitiu ouvir exatamente como Ele nos ouve

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Você vai achar que sou doido...

... Mas a maior certeza que tenho é exatamente não ter certeza se todo mundo que conheço vai morrer, inclusive eu. Isso é sério, não estou brincando, não é texto de humor! O arrebatamento pode vir antes. Tomara. Você está preparado?

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Se você realmente deseja, pode esperar, que acontece. Demora mas acontece!

Falo por experiência própria. O caso a seguir é só um dos muitos exemplos.

Eu tinha uns seis anos, acho, e queria ganhar um trenzinho, com locomotiva, vagão e trilho.

Podia ganhar o brinquedo que fosse, e graças a Deus ganhei muitos, mas eu queria o trem!

Os anos passaram, e nada.

1971...

1973...

1976...

Um natal de não sei quando, sabendo que eu queria muito um trem, meu tio me deu uma locomotiva de presente...  Era legalzinha, mas não tinha trilho, nem vagão, e só ficava girando em torno do próprio eixo.

EU QUERO UM TREEEEEEEMMMMMMM!

E COMPLETOOOOOOO!

Isso era um grito silencioso, nunca gritei assim.

Um outro ano, não era natal, meu pai chega em casa com uma caixa de brinquedo. Meus olhos acho que brilharam. Corri pra cima dele:

- OBA! Meu trem! Meu trem!

Peguei a caixa... Meus olhos murcharam. As partes do brinquedo que pensei serem os vagões, os trilhos, etc., eram uma geladeirinha, um fogãozinho, uma mesinha, tudo para uma casinha. Era um presente para minha irmã mais velha.

1978...

Via os comerciais do Ferrorama da Estrela. Lembro do XP 100, o mais simples, o XP 200, melhorzinho, o XP 300... Ficava sonhando com eles.

1979...

Eu já adolescente...

Nada!

1980...

Eu babando por um Ferrorama.

Nada!

Eu estava com 16 anos, uns dez anos depois. Passei no teste para entrar na Escola Técnica Federal do Amazonas, a mais cobiçada pelos pais dos alunos. Quem era da ETFAM era "O CARA". Mamãe diz: 

- Meu filho, qual é o trem que tu queres ganhar?

- Ah, mamãe, me dá um XP 100, é o menor e o mais barato - eu sabia que a gente não estava lá muito bom de grana.

- Tá bom.

Não demoraram os dias, minha mãe chega em casa com uma caixa enorme, e me diz:

- Tá aqui o teu trem!

- Mamãe! Não precisava ser esse, podia ser o menor, era mais barato!

Naquela hora eu estava com um XP 500! O mais completo da época!Com locomotiva, vagões que se encaixavam e desencaixavam automaticamente, trilhos, ponte, postes de iluminação e sinalização, tudo! 

Se fiquei feliz? Não, Pedro Bó!

Se estiver demorando, espera! A bênção vai chegar maior e mais surpreendente.

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Eu já vi um unicórnio, portanto, Deus existe

Lendo uma notícia da morte de um garoto que estava comemorando um gol, vi vários comentários escritos por um leitor que insistia na "pateticidade" dos que acreditam em Deus. O comentarista afirmou:

"Ja disse e repito: Se quiserem me mandar emails pra discutirem a existencia de Deus fiquem a vontade. Ficarei muito feliz em abrir os olhos de vcs pro mundo real, onde deus, papai noel e unicornios nao existem".

Fiz também meu comentário:

"Uma perda lastimável! Um filho é a maior preciosidade que um casal tem. E quanto a unicórnios, há alguns anos uma revista de ciências publicou a foto de um animal híbrido que havia nascido com um único chifre no meio da testa. Era, portanto, um unicórnio. Se o problema é existir unicórnio para existir Deus, pronto, Deus existe."

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O destino dos profanos (sobre o BBB)

"Tiago e João, vendo isto, disseram:

Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? "

Lucas 9:54

Antes de começar a argumentar, deixo bem claro algumas coisas:
1) Este texto é para os evangélicos. Se você não é, não precisa continuar lendo. Mas, se quiser conhecer o que penso sobre o BBB e os  cristãos, bem-vindo.
2) Não gosto nem um pouco do BBB, e gostaria, sim, de que os programas na TV fossem bem mais interessantes à nossa inteligência e mais respeitosos com minha família.
3) Não sou nenhum "santarrão", mas procuro melhorar a cada dia.
4) As opiniões são minhas. Podem discordar à vontade, mas por favor, nada de ofensas.

Agora, vamos ao que quero comentar:

Tenho visto no Facebook algumas campanhas ferrenhas contra o programa Big Brother Brasil. Não só entre os evangélicos, a indignação é geral. A campanha é para que se tire o programa do ar. Enquanto os intelectuais advertem o lado "imbecibilizante", outros, a falta de conteúdo, nós, evangélicos, e outros segmentos cristãos, insistimos em falar da degradação do programa, dos péssimos exemplos dos moradores da casa, da afronta à família que ainda zela pelos bons costumes. 

Concordo com tudo, mas fiquei muito inquieto com uma coisa: estamos iguais ao Tiago e ao João,  que queriam destruir com fogo do céu os samaritanos que não deixaram Jesus entrar em Samaria. E Jesus disse: não vim destruir as almas, vim salvá-las.

Ah, então vamos deixar aquele pessoal imoral naquela TV promíscua como estão? É um acinte à família cristã! A moral e os bons costumes no Brasil estão perdidos por causa desses reality shows!

Não, não vamos deixar como está. Mas, digo com tudo isso que estamos só na metade da atitude. Queremos aos cântaros que se tire o programa do ar, que os que estão na casa do BBB tomem vergonha na cara, que a Globo vá à falência, etc e tal...

Aham... mas o principal, mesmo, que deveríamos estar fazendo, ainda não ouvi ninguém dizer. NÃO ESTOU DIZENDO QUE NINGUÉM FEZ, mas que EU NÃO VI AINDA NINGUÉM FAZER, nem postar no Facebook. Nem eu mesmo: orar pelos participantes do programa.

Lembro agora de uma pregação na qual um pastor falou sobre um irmão  aborrecido com o vizinho "não irmão" que só escutava música mundana e com o som bem alto. O irmão, todo convicto da sua fé, falou:

"Ah, eu já fiz minha oração: pedi pra Deus acabar com aquele aparelho".

Hunf, porque não fez o pedido certo? Atira no alvo, criatura. O pastor disse pro homem orar, sim, para o vizinho se converter e ouvir os louvores da igreja, com o som moderado. Oração que dá prejuizo não dá lucro.

Estamos iguais àquele irmão: orando para o aparelho quebrar, em vez de orar para o vizinho mudar de rumo. Quem de nós, afoitos pela retirada do programa do ar, já dedicou pelo menos uma hora de oração e jejum pelas vidas que estão lá? Não sentimos um pingo de vontade de fazer isso.

Aqueles que estiverem sem pecado, atirem logo. São "meus heróóóóóis"!

Quem gostou, compartilha.

(Será que alguém gostou? Xí, evaporei!) 

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Arranque as sementes ruins enquanto há tempo

Fonte da foto: internet

"Plantamos o que colhemos".

A maioria das vezes se diz essa afirmação como uma sentença de coisas ruins que vamos colher, mais do que coisas boas. Do jeito que dizem, dá até medo de não haver escapatória.

Mas um dia eu li algo confortante:

Se ainda der tempo de arrancar as sementes ruins da terra, arranque. E não as plante mais.

Ufa, que alívio.

Foto: Internet

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Não olhe pra mim, não sou perfeito

"Não olhe para mim, que posso falhar, olhe para Jesus". 

Eu me preocupo com esta frase, e vai parecer arrogância para alguns. 

Eu me preocupo, porque a Bíblia diz que é em mim que as pessoas devem ver Jesus. Se fosse pra falar isso pra alguém, seria melhor nem crer que Paulo disse: "Sede meus imitadores como eu sou de Cristo". 

Tiago 3,2 fala que SE alguém não tropeça em palavra, esse É homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo. Ou seja, ele está orientando a não tropeçarmos, ele não está dizendo que não somos perfeitos. Mas Mateus 5,43-48 diz: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.”

A ordem que Jesus deu aos seus ouvintes é a mesma que Deus deu a Abraão: “… anda na minha presença e SÊ PERFEITO” (Gn 17:1 ), e a mesma ordenança que Deus deu ao povo de Israel: “Perfeito serás, como o SENHOR teu Deus” ( Dt 18:13 ).

Alguém pode dizer que estou exagerando. Mas, se eu não imito Cristo, vou imitar quem? E podem dizer "Ah, mas era Paulo, que teve uma missão especial". Tudo bem, mas ele estava dizendo isso para a igreja, da qual, aprendi, todos os integrantes têm uma missão especial: ser a  imagem de Jesus ainda aqui, nesta vida.

Exagero? Leiam  2 Corintios 4-11: "E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal".

Carne mortal é essa nossa aqui, que vai ser transformada um dia.

Alguns pregadores, evangelistas e irmãos como a maior boa fé usam, porque foram ensinados, o versículo de  Hebreus 12:2 "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé", para explicar que as pessoas não devem se espelhar nos cristãos, que, por serem humanos, são supostos "imperfeitos". 

O problema é que o autor de Hebreus não estava falando de tendencias a falhar e, sim, de perseverarmos na fé, aconteça o que acontecer, deixar não apenas o pecado, mas qualquer embaraço, para vivermos como Jesus, e ainda faz uma ressalva: "que suportou a CRUZ" (eu já sonhei que estava sendo crucificado. Um terror). 

E, Hebreus 12 vem depois de uma lista de ordens do capítulo 11, tendo como exemplo os mártires bíblicos. E ainda diz que NÓS É QUE E DEVEMOS APERFEIÇOAR os  mártires, porque eles não haviam alcançado a promessa. Vai lá ver. E você sabe porque morre um mártir? Porque vive "tutanamente" o que acredita, dá literalmente a vida por uma causa.

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O dom da cura

Estou começando a me convencer que amenizei muito as ordens bíblicas de seguir rigorosamente a Cristo. Deve ser por isso que meus lenços não curam nem a gripe do Vitamina, meu poodle toy.

Acho que isso está acontecendo porque fui acostumando a ouvir mais que Deus me ama e menos que me corrige. Acabei me acomodando e comecei a questionar porque algumas coisas que penso ser da vontade de Deus não acontecem, como orar pela cura de alguém.

Pra quem não entendeu, as pessoas que não podiam levar os possessos até Paulo, levavam os lenços e aventais de Paulo até os possessos, para serem libertos.

Por favor, não pensem que estou tentando fundar o Ministério do lenço e do avental. É só uma constatação. Hoje, realmente, creio que precisamos ter mais "levanta-te e anda".

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Castigo de Deus ou aperfeiçoamento?

Depois de longos dias sem ver Deus me falando, do final de semana até aqui Ele já falou 4 vezes comigo. A primeira foi respondendo a minha inquietação de dias: 


"Por que pra Deus é melhor castigar do que libertar?".


No sábado passado, por uma pregação na TV, Deus me disse:


"Parece que só acontece coisa ruim na sua vida, é um chicote atrás do outro e você não aguenta mais. É chinelada atrás de chinelada. Todo dia tem uma sandália nova. Isso não é castigo: as peias que você está levando é aperfeiçoamento."




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Então minh'alma canta a Ti, Senhor

Essa é uma história verdadeira.

O grupo de louvor passava por um momento complicado, que eu, por ser novato, não entendia muito bem. O grupo não conseguia nem levantar, no sentido literal, a congregação para louvar a Deus. Todo o mundo (está certo, Américo Paz?) ficava sentado. E eu decidi que me dedicaria a ensaiar para dar o melhor de mim.

Não sei porque resolvi orar dizendo que não queria mais viajar, iria só me dedicar a ensaiar. Ora, fazia tempo que eu não viajava, e uma viagem naquele tempo era coisa bem, beeem remota. Nem sabia porque estava dizendo aquilo.

Eu ficava pensando: eu já vi matas, rios, montanhas, mar, vales, campinas... só não vi neve. Então, já está bom demais, não quero mais viajar. Eu não queria me afastar da igreja.

O problema, ou a solução, foi que o Pró-reitor de onde eu trabalhava achou de, naqueles dias, me chamar para uma viagem exatamente naquela semana, até  Porto Velho, acompanhando-o num encontro de Pró-Reitores.

Eu recusei de todas as formas, pedi para mandarem outro, mas o Pró-reitor estava resoluto: queria que eu fosse. Nesse mesmo dia, na hora do almoço, comecei a vagar pelo Campus, desolado.

"Jesus! Logo agora que eu resolvi me dedicar ao louvor? Depois de anos sem viajar, me acontece isso?".

"O que eu vou fazer em Porto Velho? E meu compromisso que achei de marcar com Deus, logo nesta semana?"

Enquanto ia andando, ia pensando, sem rumo, triste por me afastar da igreja naqueles dias, até que, sem perceber, cheguei à sala onde o pessoal da Aliança Bíblica Universitária (ABU) estava reunido.

Entrei e fiquei ouvindo o Jorge Lélis, um dos líderes da ABU naquele tempo, dizer que um amigo dele estava querendo abrir uma sede da ABU na Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Jorge precisava, então, mandar naquela semana um material impresso para o amigo, mas não havia como.

Entendi tudo. E vocês, entenderam?

Expliquei minha história pro pessoal na reunião, de como acabei indo parar ali sem perceber, e Elisângela, uma das moças que estava lá, brincou: "Pôxa, isso é que é ser guiado pelo Espírito, não sabe de onde vem, pra onde vai, mas chega!".

Jorge me entregou o material e fiquei feliz da vida por ter descoberto a minha "missão" a Porto Velho. Deus estava abrindo uma base lá e me escolhera para participar daquele momento.

Voltei para a Pró-reitoria e fui direto à sala do Pró-reitor dizer que resolvi aceitar a viagem e não ia mais insistir que outra pessoa fosse. Mal comecei a falar, ele deu um grito:

EDUARDO, VOCÊ VAI E ESTÁ ACABADO!

Detalhe: ele é excelente de se lidar, nunca havia gritado com ninguém no trabalho, e até hoje quando me vê me abraça como velhos amigos. Foi o melhor "carão" que já recebi de um chefe. Saí da sala satisfeito.

No avião, pela janela, comecei a contemplar a floresta e os rios. Olhei o céu, e lembrei deste cântico:

Senhor, meu Deus,
quando eu, maravilhado,
fico a pensar nas obras de Tuas mãos
O céu azul, de estrelas pontilhdo
O Teu poder mostrando a criação
Então minh'alma canta a Ti, Senhor
Quão grande és Tu
Quão grande és Tu
Quando a vagar, nas matas e florestas
O passaredo alegre ouço a cantar
olhando os montes, vales e campinas
em tudo vejo o Teu poder sem par
Então minh'alma canta a Ti, Senhor
Quão grande és Tu
Quão grande és Tu
...

É uma das versões de um hino que fala de toda a criação de Deus. É a versão cantada na igreja onde eu congregava na época.

Comecei a lembrar de novo que já havia visto quase tudo o que esse hino fala sobre a criação, das matas às montanhas.

Na ida do aeroporto para a UNIR, em uma Pick-up, olhando pela janela, comecei a lamentar em silêncio:

- Senhor, eu sei que o Senhor me mandou pra cá, mas eu estou me sentindo só, os irmãos estão lá longe, a igreja está lá longe, está tudo longe...

Nessa hora, um carro acelerou e ficou emparelhado ao nosso, do meu lado, e nele havia um adesivo no qual estava escrito:

"OS OLHOS DE DEUS ESTÃO EM TODO LUGAR"

Joguei as lamúrias pela janela da Pick-up e de uma vez por todas decidi desfrutar da companhia de Deus, que vive insistindo em mim, apesar de mim mesmo. Não há companhia melhor, "haja o que hajar", rsrsrsrs.

À noite encontrei com o rapaz que iria iniciar os trabalhos da ABU alí, entreguei o material, contei essa história toda e os dias seguiram muito bem, obrigado.

Detalhe 2: fiquei em um dos melhores hotéis, pago pela UFRN, na companhia de gente muito agradável, uns até eram de igrejas, com alimentação boa, e um professor que ficou como meu "motorista" particular.

Procurei naqueles dias ir a uma igreja e não consegui. Fiquei meio chateado, mas fazer o quê? Interferir no que Deus estava fazendo? Resolvi curtir a minha experiência: orava no apartamento agradecendo aqueles dias de "férias" sem gastar nada e ainda sevindo ao Reino. "Muitcho bão".

Na volta, no avião, vendo de novo a floresta, lembrei novamente da música e decidi que no primeiro dia em Manaus, quando eu fosse à igreja, iria cantar o "Quão grande és Tu".

De volta ao trabalho, uma colega me chamou para dar uma excelente notícia: eu receberia as diárias, mais uma quantia, por ter ido naquela viagem.

- Mas a Universidade de lá pagou tudo!

- Mas tu tens direito a receber aqui também.

- Então, veeeeeeeenha!

Não sabia que tinha direito a receber por viajar. Se Deus quis me abençoar me fazendo viajar e ainda receber, quem sou eu pra discutir uma ordem de Deus?

Bom, chegou o dia de ir à igreja. Lá estou eu com o grupo de louvor, mas não disse nada a ninguém sobre meu desejo de cantar "Quão grande és Tu", mesmo porque quem escolhia as músicas não era eu. Então, louvamos a Deus com uns quatro cânticos e o líder do grupo passou a palavra para o pastor.

Fui sentar triste, meio encurvado, com a maior vontade de cantar "Senhor meu Deus, quando eu maravilhado...", mas já consolado por não cantar.

Quando o pastor começou a falar, ele disse:

- Irmãos, antes da palavra, nós ainda vamos cantar outro hino.

Nessa hora, meu coração se animou:

- Será?

E o pastor falou:

- Vamos cantar "Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado...

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Chega de "irmãos" - Eu quero amigos! 

O texto a seguir não é meu, é do Pr. Wilson Porte Jr. Recebi pelo Facebook, mas considero muito pertinente: 

A amizade é um tema pouco tratado no meio cristão. Pare e pense em quantos livros você já leu sobre amizade cristã. São raros. Estamos tão acostumados em chamar os outros de "irmãos" que esquecemos que também precisamos de amigos. No começo até imaginamos que, se temos irmãos, logo, temos amigos. Todavia, no primeiro pântano da amargura, percebemos que faltam amigos que chorem com a gente e estendam a mão para nos dar ajuda. Com isso a cada dia aumenta a necessidade que as pessoas têm de encontrarem amigos. Estão cercadas de "irmãos", mas dificilmente encontram neles algum amigo. Estranho, não é?

Pr. Wilson Porte Jr.